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terça-feira, 14 de março de 2017

Livro "Cai o Pano" - Agatha Christie #MulheresdaLiteratura


Comecei o livro pegando spoiler, mas a culpa foi toda minha. Em busca de saber qual a sequência da obra acabei descobrindo o que não queria. bruh

No livro temos um Hercule Poirot ainda famoso e agora bem idoso, depois de tantos anos de investigações acaba parando novamente na Mansão Styles, local do seu primeiro caso quando chegou na Inglaterra. Narrando o desenrolar da história temos novamente Hastings, antigo amigo do detetive e também com muita experiência nas costas, assim como algumas perdas.

"Para mim, a chegada a Styles St. Mary foi muito triste e dolorosa. Eu era um refugiado, ferido, exilado, vivendo de caridade num país estranho. Não, não estava nem um pouco feliz. Não sabia naquela época que a Inglaterra viria a ser o meu lar e que seria muito feliz aqui." (p. 15)

Logo de cara sabemos que Hercule tem algum conhecimento do que pode acontecer em Styles, transformada em um tipo de hospedaria e administrada pelo casal Luttrell, muitos convidados distintos aparecem e um deles está sendo investigado por Poirot. Hastings aceita a proposta do amigo de ajudá-lo na nova empreitada e acaba por se tornar seus olhos e ouvidos, visto que o detetive não está exatamente nas melhores condições.

Os primeiros capítulos do livro possuem alguma nostalgia e para quem leu "O Misterioso Caso de Styles" a experiência fica melhor. Confesso que apesar de ter gostado do livro não chega muito perto dos favoritos, mesmo com algumas revelações meio chocantes no final o decorrer da história é um pouco parado. Ou seja, um início bom, o meio chato e o final mais ou menos. Tem algum suspense, mas ainda faltou algo para prender como os antigos. 

Um dos pontos intrigantes é a relação dos jovens x mais velhos, muitos comentários de ambos os lados de forma negativa e talvez seja pelo reflexo do que autora vivia na época. As dificuldades nas relações de pais/mães e filhos, a mudança de pensamentos em relação as gerações e outros.

Das personagens femininas gostei muito da Judith que na maior parte do livro é criticada por sua postura fechada e crítica, percebam que como o livro é narrado por seu pai isso vai aparecer muito. Hastings têm alguns momentos irritantes e Poirot uns bons e outros nem tanto, dos outros personagens o/a assassinx têm uma característica bem relevante e para quem ler deve prestar atenção.

O livro não fica entre os melhores, mas vale a pena ler pela história do Poirot e o final com um plot twist diferente.

Nota: 3,5/5

Título: Cai o Pano
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira/L&PM
Páginas: + ou - 240
Sinopse: "A convite de Poirot, o capitão Hastings retorna ao local da primeira investigação de ambos: a mansão Styles. O tempo passou: o detetive belga envelheceu e está em uma cadeira de rodas; já a antiga mansão foi reduzida a uma mera hospedaria. A visita, porém, se revela mais que um reencontro entre velhos amigos. O instinto de Poirot, ainda afiado, lhe diz que entre os hóspedes há um assassino. E ele precisa que Hastings o ajude a identificá-lo antes que haja mais uma vítima – e antes que seu tempo acabe."
Créditos: Amazon, Editora Nova Fronteira e Editora L&PM
Compra?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Preparação Maratona #MulheresdaLiteratura


No mês de março o "Queria Estar Lendo" mais uma vez está organizando um especial para incentivar a leitura de obras escritas por mulheres, neste caso um projeto de leitura e estou na expectativa de completá-lo direito. O objetivo do post é separar meus livros de cada tema da semana e chamar vocês para participar. 


Dei prioridade aos livros que estão há algum tempo parados na minha estante.

Primeira Semana (Romance Policial): Cai o Pano - Agatha Christie 

Por que não consigo resistir aos livros dessa senhora e preciso terminar de ler o terceiro de um box que ganhei anos atrás. Tenho alguma ideia do que esperar do estilo de escrita e espero me surpreender como na maioria dos livros dela que li.

Segunda Semana (Terror/Horror, Sobrenatural ou Não):  A Assombração da Casa da Colina - Shirley Jackson

Indicação do pessoal do QEL, vou ler em ebook já que provavelmente não vou atrás do físico. 

Terceira Semana (Sci-fi/ficção especulativa): O Espelho do Tempo - Catherine Fisher

É, tem um tanto de fantasia na história, mas também está classificado como ficção científica. Além de ser um livro emprestado que preciso terminar de ler logo.

Quarta Semana (Alta Fantasia): Os Mistérios de Warthia - Denise Flaibam

Minha mãe ganhou em uma promoção e fiquei curiosa para ler na época, mas acabei não pegando o livro. Agora com a maratona resolvi que estava na hora, ainda mais por que queria incluir autoras brasileiras. Não sei o que esperar ainda, mas li alguns comentários positivos.

Pretendo comentar todos os quatro livros, mas talvez de forma breve pelo tempo curto, resolvi voltar a estudar.

E vocês alguma chance de participar? Quais livros recomendaria ou escolheria?

Para mais informações acessem o blog e participem do evento: aqui. Lá tem mais detalhes e outras explicações sobre os temas e outras dicas de leituras.

Até mais,

Polie

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Anne de Green Gables na Netflix!

Quando você gosta muito de um livro talvez queira protegê-lo das adaptações e até de versões alternativas, mas porque não dar uma chance? Quem sabe pode sair próximo do que sua imaginação criou.

Ok, nesse caso específico existem muitas adaptações e agora vem outra.

A notícia que a Netflix ia transformar o livro da canadense Lucy Maud Montgomery em série saiu há um tempinho, mas só agora começaram as divulgações e a data oficial. No vídeo novo vemos algumas cenas da história e personagens ruivas das outras produções do serviço de streaming. Confira:



Por favor, um momento para gritar: AaaaaaaaaaaAAaaaah. Achei o livro tão fofo e têm algumas partes lindas e tristes, sem contar que existe toda uma coleção com a vida da Anne. Acredito que a Netflix vá adaptar até a vida adulta dela. Infelizmente só li o livro primeiro, mas procuro as continuações.

Como dito no início, a história tem várias adaptações: série canadense, filme, websérie, mangá, musical e etc. Espero que a Netflix acerte mais uma vez. ♥

Nos vemos dia 12 de maio!


Um pouco mais sobre o livro:
Meu comentário da obra: aqui

"Uma menina de 11 anos com cabelos ruivos sardas e uma mente tão perspicaz quanto a de um cientista em busca de conhecimento chega a uma terra onde as tardes são calmas; os pores do sol alaranjados; as florestas aconchegantes; e os rios suaves como o ritmo do povoado. Sua boca é uma matraca e seus sonhos são maiores que moinhos de vento. Anne vai crescendo e crescendo e de patinho feio revela-se um elegante e atento cisne pronto para abrir suas asas e voar para além das veredas. Mas a vida é feita de artimanhas e a garotinha adotada pelos irmãos Marilla e Matthew tem algumas cercas a pular sem jamais deixar seus sonhos desvanecerem como algumas criaturas fazem." Créditos: Amazon e Martins Fontes
Onde comprar: 


terça-feira, 26 de julho de 2016

Livro "Jackaby" - William Ritter

Mistério, criaturas sobrenaturais e sapo.

Quando a capa do livro anuncia que quem gosta de Sherlock Holmes e Doctor Who vai gostar da história chama a atenção. Também aumenta as expectativas e se arrisca um pouco. Jackaby traz um "novo" tipo de investigador prometendo ser tão peculiar quanto os já conhecidos e tem como cenário a sobrenatural New Fiddleham (EUA) no final do século XIX. 

Título: Jackaby
Autor: William Ritter
Ano de publicação no Brasil: 2015
Editora: Única
Páginas: 256
Sinopse: "Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural."
Créditos: Skoob

A capa é linda, não tem como negar. Abigail é uma jovem mulher em busca de aventura, volta de uma busca arqueológica fracassada depois de fugir de casa, acabou quase sem dinheiro e sozinha em um novo continente. Ninguém quer lhe dar emprego e quando acha um anúncio nos correios reencontra Jackaby.

Quando os dois se encontraram a primeira vez ela acredita ter conhecido um detetive aos moldes de Sherlock Holmes, mas não é bem assim. O homem na verdade tem uma visão um pouco diferente das outras pessoas, é inteligente, mas pode perceber o sobrenatural e o que muitos acreditam ser apenas mitos. Assim a história começa a ficar interessante.

"Eu sou um homem de razão e da ciência. Acredito no que vejo e posso provar, e o que vejo geralmente é difícil para os outros compreenderem. Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas. Como dizem, o mundo todo é um palco e parece que eu tenho a única poltrona da casa, com vista para os bastidores.” (p.34)

No mesmo dia do reencontro e ainda tentando conseguir o emprego, Abigail termina em um cenário de crime, um assassinato peculiar, em que apesar da vítima se encontrar mutilada, quase não tem sangue por perto. Jackaby acha que algo de sobrenatural está nisso. Como em muitos livros com detetives ou investigadores fora da polícia, a dupla não é bem aceita por esta, até por que Jackaby já vem de um histórico bem ruim. Mesmo assim conseguem um aliado que desconfia também que pode ter mais do que aparenta ser, abrindo para a possibilidade de mais informações.

Tentando não dar mais detalhes, para não estragar, o livro em si é bom. Tem um protagonista excêntrico, mas não achei tão arrogante como retratam geralmente. A narradora, Abigail é legal, sua história tem tudo para instigar, mas o escritor não desenvolve completamente, assim como as outras personagens femininas. Tem um interesse romântico na história, o plus é que não é pelo Jackaby, mas pareceu meio desnecessário, não conquistou o coração shipper. Os outros moradores da casa/escritório são ótimos e têm um passado curioso.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Livro "Ligeiramente Seduzidos" - Mary Balogh

Valsas, guerra e vingança.

Antes de tudo essa é a primeira vez que falo sobre romance de época aqui no blog, um gênero literário que venho lendo com frequência desde o ano passado. Infelizmente, a primeira vez que falo sobre um, não está bem entre os que mais gostei. Lembrando que o livro tem algumas cenas não recomendadas para menores.

Ligeiramente Seduzidos é o quarto livro da série dos Bedwyn, uma família que vem de um ducado e muito conhecida nos círculos da aristocracia, seja pelo título ou pelas situações ~escandalosas~ em que se envolvem. Neste temos a história da caçula da família, Morgan, com dezoito anos e recém apresentada a sociedade. Gostei da personagem logo de cara, não só por que gosto de todos os irmãos Bedwyn, mas por que apesar de ser a caçula e ter sido praticamente criada pelo irmão mais velho rígido, tenta mostrar que está ali e tem suas convicções. Inclusive vai para Bruxelas junto com a família de um possível pretendente com a vontade de saber mais sobre as batalhas contra Napoleão e o que poderia acontecer. Ninguém leva muito a sério quando Morgan quer conversar sobre isso, visto que ela é "mulher e não deveria esquentar sua cabecinha com isso", o que a irrita profundamente.

Em meio a um baile cheio de oficiais, Ashford vê Morgan, ele é o conde Rosthorn que passou muito tempo fora da Inglaterra depois de um escândalo e quando descobre que é a irmã de Bewcastle decide se vingar pelo o que ele fez. Aí começa um dos arcos de vingança, que não é muito difícil de achar nos romances e doramas da vida. Não é o meu preferido inclusive. A minha implicância começou aí, como podem ver - além da diferença de idade - se o cara tem problemas com o Bewcastle, que vá resolver com ele, não envolva pessoas inocentes nisso.

sábado, 7 de maio de 2016

Livro "Prazeres Malditos" - Laurell K. Hamilton

Vampiros, sangue e pinguins de pelúcia.

Há muito tempo tenho esse livro e finalmente tomei vergonha na cara de ler, principalmente por causa do desafio literário que estou participando. "Prazeres Malditos", livro escrito pela norte-americana Laurell K. Hamilton é o primeiro de uma série de 22 livros, isso mesmo, 22! Descobri depois de terminar, imaginem minha expressão. Lançado no ano de 1993 (no mesmo que nasci, yey), e é protagonizado pela ressuscitadora/caçadora de vampiros/A Exterminadora, Anita Blake, que tem muitos nomes por aí e no decorrer da história explicam melhor. 

A história tem como principal mistério o assassinato de vampiros, até aí Anita até tem alguma ideia de que está acontecendo, por ser ligada a polícia. Para esclarecer melhor o mundo sobrenatural é conhecido pelas pessoas comuns e até mesmo os vampiros tem algumas leis regulamentadoras. Porém, na noite em que vai a "Prazeres Malditos" acaba se envolvendo mais ainda no caso, por que a vampira-mestra quer ela investigando, e não é com um pedido amigável, mas com ameaças e torturas.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Livro "1 Milhão de Motivos Para Casar" - Gemma Townley

Não, não é um livro de auto-ajuda ou algo assim. É um chick-lit.

Sabe quando você pega um livro lê a sinopse e já começa a imaginar como deve ser, se anima e não vê a hora de começar a ler? Cria expectativa e no final acaba sendo diferente? Foi o que aconteceu comigo e com o "1 Milhão de Motivos Para Casar". Só que não foi bem uma surpresa boa. O livro não é de todo ruim, talvez seja culpa das altas expectativas. Geralmente chick-lits são divertidos, então se você recebe uma herança e precisa casar em alguns meses por que o nome no testamento é diferente, dá para imaginar as loucuras que a mocinha pode fazer. Mesmo que a intenção não seja exatamente o dinheiro.

A personagem principal se chama Jessica Wild, que não tem muito de Wild realmente. Ela trabalha para uma empresa de publicidade e tenta ser bem discreta e séria, focada no trabalho. Costuma desdenhar das pessoas que se casam e tem um pensamento bem preconceituoso quanto as mulheres que saem com muitos homens e etc. O que em parte vem do que avó falava (e também da nossa sociedade né), inclusive foi criada por esta depois que a mãe morreu em um acidente de carro. É bem triste a forma como ela pensa, visto que sua amiga Helen justamente gosta de sair bastante e tem lá seus "namorados", divertida e tem um emprego não muito comum. Vou confessar que não lembro direito do início do livro por que comecei há alguns meses. Percebam que uma hora a leitura deu uma empacada.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

TAG Jantar Literário #BEDA2016

Algumas TAGs são bem cansativas, mas essa parece divertida. Basicamente é escolher personagens para cada uma das categorias e montar um mega jantar. Vamos aos escolhidos:

1. Um personagem que gosta ou sabe cozinhar:


Precisei desenterrar aqui na cabeça para lembrar de algum personagem que gosta de cozinhar. Lembrei do último livro que li "O Presente do Meu Grande Amor", no conto "Bem-vindo a Christmas, Califórnia" da Kiersten White onde tem o Ben que parece sempre acertar na comida para cada um.

2. Um personagem com dinheiro para bancar o jantar:


Claro que Artemis Fowl II da série de mesmo nome. Moço, você tem grana suficiente para ajudar num jantarzinho. Não seja pão-duro.

3. Um personagem que pode causar uma cena:


Podia ser o anterior também, mas vou escolher a Anne de "Anne de Green Gables". Sempre muito animada e falante vai agitar o jantar e talvez criar alguma confusão.

sábado, 2 de abril de 2016

Livro "O Presente do Meu Grande Amor" - Vários autores #BEDA2016

Não é todo mundo que gosta de ler livros de contos e quando gosta, às vezes não curte todos os contos. "O Presente do Meu Grande Amor" foi um sopro das festas de finais de ano em um março quente e chuvoso. Vamos ao livro!

Sinopse: "Se você gosta do clima de fim de ano e tudo o que ele envolve, presentes, árvores enfeitadas, luzes pisca-pisca, beijo à meia-noite, vai se apaixonar pelo livro. Nestas doze histórias escritas por alguns dos mais populares autores da atualidade, há um pouco de tudo, não importa se você comemora o Natal, o Ano Novo, o Chanucá ou o solstício de inverno. Casais de formam, famílias se reencontram, seres mágicos surgem e desejos impossíveis se realizam. O pessimismo não tem lugar neste livro, afinal o Natal é época de esperança."

O Presente do Meu Grande Amor contém contos de vários autores, incluindo Stephanie Perkins (Orgs.), têm 350 páginas e foi lançado no Brasil em 2014 pela Editora Intrínseca.

Fonte e créditos: Skoob


Por que ler livro sobre o Natal, Ano Novo e etc no meio de março? Pelo mesmo motivo que tem gente que vê "Simplesmente Amor" fora do Natal. Tem gosto para tudo e sinceramente o livro tem contos para vários gostos de quem curte o gênero YA. Stephanie Perkins organizou este livro mágico chamando alguns autores conhecidos e outros nem tanto aqui, mas acredito que ela acertou no convite. Vou tentar falar de todos os contos de forma bem resumida e já adianto que não teve nenhum que eu não gostei:

Meias-noites de Rainbow Rowell: Comecei a acompanhar a autora há algum tempo e gosto muito do estilo dela, as histórias são cheias de diálogos e personagens cativantes do seu jeito. O conto é um dos poucos que passam exatamente no Ano Novo e tem uma pegada mais para a realidade. Não chega a ser um dos meus preferidos, mas é bom.

A Dama e A Raposa de Kelly Link: Não conhecia a Kelly, então não sabia muito o que esperar. Esse tem uma pitada de fantasia e apesar de ter gostado muito, achei que faltava alguma coisa. Talvez por ser conto fica meio cortada a história. Sim, a ideia é ser curto, mas faltou completar um pouco, se fosse mais longo não reclamaria.

Anjos na Neve de Matt de La Peña: No início pode rolar uma identificação com o personagem universitário. O protagonista está passando por uma barra e sem comida para o Natal, mas conhece uma moça no prédio que o ajuda. O conto fala sobre ficar sozinho nessa época e a alegria de encontrar alguém para compartilhar as festividades. Também gostei.

Encontre-me na Estrela do Norte da Jenny Han: Não consegui shippar o casal principal, mas não deixa de ser um conto legal! Tem uma ambientação no Pólo Norte mesmo e a personagem principal tem uma história de vida incomum. Se comentar mais alguma coisa entrego a ideia geral, a Jenny foi ótima.

É um milagre de Yule, Charlie Brown! da Stephanie Perkins: A organizadora tinha que acertar né? O moço lenhador da voz bonita, e a moça criadora de animações, um casal muito fofo e uma história bem bonita. Interessante a forma como ela mostrou como as confusões emocionais também mexem com as coisas do exterior. Um dos favoritos.

Papai Noel Por Um Dia de David Levithan: Nada como aceitar o pedido de ser Papai Noel para fazer a irmã do namorado continuar a acreditar, não é? Achei encantador e tocante em alguns detalhes, ao mesmo tempo com o romance, o Natal e a família. Gostei!

quarta-feira, 2 de março de 2016

Livro: "Fangirl" - Rainbow Rowell

Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

Fangirl da autora Rainbow Rowell tem 424 páginas e foi lançado no Brasil em 2014 pela Editora Novo Século.Fonte e créditos: Skoob

Vamos dizer que o título resume bem Cather, a personagem principal, mas é só uma das características dela. Ser fã de algo nem sempre é muito levado a sério pelos adultos quando se entra nesse estágio. Adolescente e criança ainda são um pouco mais aceitos... Então se você é tímida, gosta de fanfics e começa a faculdade sem a irmã gêmea do lado fica mais complicado. Além disso Cath tem problemas para socializar e por vezes prefere evitar contato com situações novas. Alguns com certeza vão se identificar.

Logo de cara ela conhece Levi. Brilhante, extrovertido e animado, é difícil para a mesma se acostumar com a presença dele e também com a universidade em um todo. Sua matéria, Escrita de Ficção, é o que mais se destaca, mas não deixa de ser causadora de ansiedade. Para acrescentar nesse turbilhão se preocupa com o pai que agora precisa morar sozinho e por vezes tem algumas recaídas. Não vou especificar muitos detalhes, mas ao decorrer da história juntamos as peças da vida de Cath. Personagens importantes como Wren, a irmã gêmea, aprofunda mais sobre a relação delas, apesar dos problemas durante o início.

Fangirl é um livro encantador e trata de vários assuntos como o crescimento da personagem, novas experiências, dificuldades com a família e transtornos. Além de ter romance com um casal muito shippável, cenas fofas e também mostra como às vezes é preciso criar confiança para que as coisas melhorem. Inclusive, em certos momentos, posso definir minha reação com o casal nessa gif:


Adoro essa gif. :,)
Por que não agir como Fangirl né? O que é legal de levantar para discussão, por que o que há de errado estar na faculdade e ser Fangirl de algo? O que há de errado em ser Fangirl no total? Escrever fanfics, ter acessórios, ir para filas e conversar sobre isso. Não vamos menosprezar as pessoas.

Dentro do livro ainda temos trechos do livro de Simon Snow, o qual a Cath é fã. Algumas vezes fica bem cansativo e odeio pular partes em um livro, ou seja, lia tudo. Porém, tem uma fanfic durante a história que gostei bastante, uma one-shot de Natal que a protagonista escreveu e foi o que me empolgou para o spin-off "Carry On". A capa do livro, lançado em breve pela Novo Século:



O livro é altamente recomendável, temos além do romance aquela fase complicada de sair do ensino médio para ir a faculdade. Apesar de fase não ser um termo muito adequado, visto que daí por diante ainda complica mais, mas isso é tema para outra história. Além de tudo, Rainbow mostra cada vez mais sua forma de escrita e começamos a identificá-la melhor, também que não é preciso para crescer ou se encaixar mudar "da água para o vinho". :)

Até!

P.S.: O nome da livraria é Bookworm. alsdçalsjd
P.P.S.: Esse livro deveria ser a resenha para o Desafio Literário (banner ao lado) que eu estou participando, mas não sei de onde tirei que a letra do mês era R, em vez de E. Depois volto com outra resenha. Bjs

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Livro: "O Natal de Poirot" - Agatha Christie

Este post é referente ao Desafio "Alfabeto Literário" do blog Mundo de Tinta.
"Véspera de Natal. A reunião da família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada. Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho..."

O Natal de Poirot da autora Agatha Christie têm 223 páginas e foi relançado, entre outras editoras, no Brasil em 2003 pela Editora Nova Fronteira.

Fonte e créditos: Skoob

Ah, Agatha Christie e seus mistérios! Te dá várias pistas ao longo do livro, te joga para um suspeito, depois para o outro e te entrega um espetáculo de plot twist (reviravolta), que pode, ou não, ser beeem longe do que imaginava.

O Natal de Poirot nos apresenta aos Lee, uma família rica com um patriarca um tanto irritante, orgulhoso e vingativo. Simeon Lee na esperança de juntar a família toda que lhe resta, e criar suas cenas que envolve uma pitada de provocação com uma dose de drama e talvez muito pouco de sentimento familiar verdadeiro, acaba assassinado. Trazendo uma comoção e um tanto de problema. Poirot na casa de seu amigo policial vai parar na cena do crime, inicialmente apenas como observador, mas sendo Poirot, Poirot, ia acabar se envolvendo.

Agatha (sou próxima) nos mostra como nem sempre tudo é o que parece ser e antes mesmo C.S.I. fazer sucesso ainda deixa seus leitores com algumas informações confusas e suspeitas "óbvias", antes de escrever o desfecho. Personagens bem marcantes, além dos seus protagonistas, e uma história que acaba fluindo para quem gosta do gênero e até para quem não gosta muito.

Tenho algumas observações antes de deixar minha teoria do que aconteceu (preciso mesmo dizer para vocês), como o livro se passa em uma época bem diferente, infelizmente tem alguns pontos que me incomodam, como a forma que as mulheres são tratadas ou quando se sugerem que o velho Lee morreu por culpa dele mesmo. Não que isso não aconteça atualmente... O cara era bem irritante, mas isso não justifica matar.

Vamos a teoria: [SPOILER] quando um dos filhos diz que parecia o som de um animal gritando e a cena toda cheia de sangue, sem contar que Simeon Lee gostava de fazer uma cena, imaginei que ele ainda estava vivo e fez um acordo com o chefe de polícia [/SPOILER], mas me enganei. Obrigada, Agatha. Até por que a parte legal de ler os livros dela é não ter ideia do que vem, apesar de que desconfiei de duas coisas que se confirmaram (uhu). Quando chegou na explicação de como aconteceu o assassinato, fiquei meio "WHAT? Isso foi quase do nada", mas não deixa de ser um livro recomendado. Poirot sempre detalhista e observador explica muito bem para quem deixou passar as pistas.

Nota: 4/5

Como foi dito no início, o post está relacionado com o Desafio "Alfabeto Literário" 2016 do blog Mundo de Tinta, falei dele neste post. O tema do mês, ou letra, foi a A, por isso a dona Agatha. Gostou? Quer participar? Só clicar no banner e saber mais:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Resenha: Um Estudo em Vermelho

Post feito em homenagem ao aniversário de 162 dois anos do Sherlock Holmes ("nascido" dia 6 de Janeiro de 1854).

"To a great mind, nothing is little"
Arthur Conan Doyle, a Study in Scarlet.


Nome do autor: Sir Arthur Conan Doyle
Nome original da obra: A Study in Scarlet
Volumes: Único
Número de páginas: 108
Nota que eu dou: 4 (de 5) estrelas

Sinopse: 'Um estudo em vermelho' é a primeira história de Sherlock Holmes. O livro propõe um enigma terrível e invencível para a polícia, que pede auxílio a Holmes - um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto uma expressão de pavor. Um caso para Sherlock Holmes e suas fascinantes deduções narrado por seu amigo Dr. Watson, interlocutor sempre atento e não raro maravilhado com a inteligência e talento do detetive.

Londres, 1881. Um médico do exército retorna ao seu país após passar anos terríveis na guerra do Afeganistão. Ferido e sem condições de pagar por uma moradia, ele se muda com um completo estranho para o apartamento 221 B na Baker Street. Agora, ele terá que se acostumar as peculiaridades de seu companheiro. De quem será a vez de pagar a conta de gás? Qual canal de televisão eles devem assistir? Descobriremos nos próximos capítulos...

Pessoas que conhecem o Sherlock sabem que nem o leite ele compra, que dirá pagar a conta de gás.

Brincadeiras a parte, um estudo em vermelho é um dos melhores livros que eu já li. A escrita é boa, a história é interessante e os personagens são apaixonantes logo de cara. As únicas razões desse livro não estar com 5 estrelas são: a) por mais interessante que as histórias sejam, flashbacks sempre me tiram a paciência; b) os personagens poderiam ser um pouco mais profundos.

Fora isso, esse livro é muito bom. O mistério sem solução aparente, os caminhos diferenciados que os detetives Gregson e Lestrade tomam para desvendar o caso, o plot-twist... e até mesmo o que a mídia fala sobre o caso e a bajulação a Scotland Yard. A minha parte preferida é quando o Sherlock consegue deduzir as coisas tão habilmente que deixa o John maravilhado. E essa cena, claro: 


"... You know a conjuror gets no credit when once he has explained his trick, and if I show you too much of my method of working, you will come to the conclusion that I am a very ordinary individual after all."
"... Você sabe que um mágico nunca recebe crédito depois que ele revela seus truques. Se eu te mostrar muito do meu método de trabalho você vai chegar a conclusão de que eu sou um indivíduo comum, apesar de tudo."

"I shall never do that," I answered; "you have brought detection as near an exact science as it ever will be brought in this world."
"Eu jamais farei isso," eu respondi; "você trouxe o nível de detecção para o mais perto de ser uma ciência exata do que jamais feito antes"

My companion flushed up with pleasure at my words, and the earnest way in which I uttered them. I had already observed that he was as sensitive to flattery on the score of his art as any girl could be of her beauty.
Meu companheiro corou de prazer com as minhas palavras, e o jeito sério com que eu as disse. Eu já havia observado que ele era tão sensível a elogios relacionados a sua arte de deduções como uma garota podia ser a respeito de sua beleza.

Que imediatamente me faz lembrar dessa cena:

A amizade deles é tão lendária que quase tenho pena do Arthur Conan Doyle. Ele nunca quis ser lembrado como "o escritor de Sherlock Holmes" mas, mesmo depois de 128 anos do lançamento do primeiro conto, a história deles continua sendo contada e refeita de formas diferentes. E nós temos a maravilhosa versão da BBC, que apesar de não ser 100% fiel ao livro conseguiu ser a melhor adaptação já feita.

Inclusive, se vocês gostam de Sherlock Holmes eu recomendo assistir a série. Atores fantásticos, escrita inovadora e inteligente, e todo o resto também extremamente bem feitos e modernos. A única coisa que vou avisando de cara é: hiatus de dois anos entre cada temporada. 

E assim que eu puder, eu faço resenha dela em detalhes para vocês.

Nos vemos até a próxima!



segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Desafios Literários para 2016!

Nada como começar o ano criando algumas metas. Nem sempre dão muito certo para todo mundo tipo parar de comer chocolate e organizar a papelada toda semana, mas por que não ter um objetivo em algo? É um movimento que pode nos levar a realizações. Por isso para 2016 decidi participar de um desafio literário chamado "Alfabeto Literário" e também divulgo mais dois indicados em um grupo que participo, para o caso de alguém se interessar.

uhu vamos lá ~

DESAFIO "ALFABETO LITERÁRIO"


Conheci o desafio através das meninas do blog Mundo de Tinta, inspirado em outro do blog Xylobrytes, para incentivar a leitura e usar os nossos livros parados também. Com o objetivo de "ler e resenhar pelo menos 1 livro de cada tema durante o ano de 2016, ou seja, no mínimo 12 livros, 1 de cada tema." Esses temas, no caso, são letras escolhidas para cada mês que devem ser a letra inicial do autor do livro. Tem outras pequenas regras e observações, o blog ainda vai sortear todo mês livros para quem está participando.
Para mais informações e para se inscrever acesse o link: http://blogmundodetinta.blogspot.com.br/2015/12/off-topic-de-tinta-desafio-alfabeto.html

DESAFIO "HEAD RARDER"


Desafio organizado pelo site Book Riot, são 24 tarefas, ou seja, duas por mês para terminar, mas não tem contagem de pontos, nem nada muito rigoroso. Com o objetivo de ampliar para outros tipos de leituras e aumentar a visão de mundo. Infelizmente está apenas em inglês e vocês podem ter acesso a lista e mais informações no site: http://bookriot.com/2015/12/15/2016-book-riot-read-harder-challenge/ . Quem enviar a lista completa terá desconto na loja deles.

DESAFIO DO "Pop Sugar"


Não é a primeira vez que esse site lança um desafio e os itens normalmente são bem interessantes. Assim como os outros tem a meta de ampliar as leituras e não ser tão específico. Está em inglês também e vocês podem pegar a lista no site: http://www.popsugar.com/love/Reading-Challenge-2016-39126431 .

Por enquanto são esses! Considerando tentar do Pop Sugar também, mas vamos ver se encaixa os dois desafios. Conhecem mais algum? Manda nos comentários ou nas nossas redes sociais e a gente compartilha.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Resenha: A seleção (A Seleção, A Elite e A Escolha)

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Nome da autora: Kiera Cass
Nome original da obra: The Selection Series (The Selection, The Elite and The One)
Volumes: 3 
Nota que eu dou: 3,5 (de 5) estrelas.
Recomendo para: Pessoas que gostam de leituras leves, rápidas e com romance.

Sinopse de "A Seleção": Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de uma vida. É a oportunidade de ser alçada a um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás o rapaz que ama. Abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe - e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar.

Vou começar a resenha sendo meio grossa sobre ele: se você está atrás de um livro profundo e bem escrito, não é essa coleção que está procurando. Não é que a história seja ruim, é simplesmente que autora não parece entender muito bem do que ela escreve. Veja bem, ela fez uma distopia que acontece após uma quarta guerra mundial e tudo está confuso, inclusive a história principal. 

Então, após pensar sobre como eu escreveria sem dar muito spoiler, resolvi fazer listas sobre os pontos positivos e negativos do livro.

Pontos positivos:
1. Rápido e fácil de ler.
2. A leitura é envolvente justamente pela facilidade com que ela acontece.
3. A amizade, e depois relacionamento, do Maxon e a America.
4. O romance não é feito como amor a primeira vista.
5. Bons diálogos e boas frases.
6. Gosto do fato do Maxon ser perfeito mesmo tendo defeitos.
7. Gosto do fato da America ter mais defeitos que qualidades, mas de buscar sempre fazer o melhor.
8. A história em si é agradável, do tipo que eu leria de novo só por divertimento.

Pontos negativos:
1. A sociedade que criaram no livro não me parece plausível, exceto pelo sistema de castas.
2. Personagens muito superficiais. De 35 candidatas eu só lembro o nome e a personalidade de 3 além da própria America.
3. Justamente por causa disso, se 97% dos personagens desaparecessem do livro eu não ia notar a diferença.
4. Eu não entendo porque ela fez o tanto de livro que fez sobre essa história porque, honestamente, a história é tão pequena que dava pra fazer tudo em um só, só precisaria de uma organização melhor.

Além disso, separei uma frase que mais gostei de cada livro:

'Your Majesty—
Tugging my ear. Whenever.'
The Selection

'A lot of things are yours, America' 
The Elite

'The best people all have some kind of scar.' 
The One

E é isso. Aqueles que não leram, mas querem ler: leiam e acompanhem Maxon e America até o fim de suas jornadas.

Nos vemos em breve.

Jess.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Livro: Anexos - Rainbow Rowell

Conseguir um emprego na sua área de formação nem sempre é o que se espera, mas quando Lincoln começa a trabalhar percebe que o que estava escrito no anúncio do jornal realmente não é o mesmo que iria ou esperava fazer... Aí a coisa complica.

"Beth Fremont e Jennifer Scribner-Snyder sabem que alguém está monitorando seus e-mails de trabalho. (Todo mundo na redação sabe. É política da empresa.) Mas elas não conseguem levar isso tão a sério, e continuam trocando e-mails intermináveis e infinitamente hilariantes, discutindo cada aspecto de suas vidas.
Enquanto isso, Lincoln O'Neill não consegue acreditar que este é agora o seu trabalho ler os e-mails de outras pessoas. Quando Lincoln se depara com as mensagens de Beth e Jennifer, ele sabe que deveria denunciá-las. Mas ele não consegue deixar de se divertir e se cativar por suas histórias."

Anexos da autora Rainbow Rowell possui 368 páginas e foi lançado no Brasil em 2014 pela editora Novo Século.

Fonte e créditos: Skoob
Para adicionar: Skoob e Goodreads

Lincoln é um cara de quase trinta anos vivendo na casa da mãe e com um trabalho que não gosta, sua vida basicamente se resume a ir para casa e para o trabalho, neste precisa acompanhar as mensagens dos colegas e mandar emails dizendo quando estão usando de forma inadequada. Isso o incomoda bastante, até por que mesmo que nem todas as mensagens de email vá para ele, não deixa de ser desconfortável o papel de 'vigia'. Ele deixa claro o desânimo várias vezes, só o que anima de verdade é quando lê os emails de Beth e Jennifer, também membros do jornal, a primeira como crítica de filmes e a segunda na área de revisão.

Logo no início somos apresentados aos emails da dupla de amigas, estes que Lincoln acompanha, mas não consegue mandar um aviso para pararem de conversar sobre assuntos pessoais no correio eletrônico da empresa. O que leva a piorar o conflito do personagem e a outras descobertas durante o decorrer da história.
UK (créditos: rainbowrowell.com)

Algo interessante no livro é a forma como autora vai desenvolvendo os personagens, não são mudanças radicais, mas a cada percepção de algo novo que levam a pequenos detalhes diferentes acabam gerando algum desenvolvimento. A história trata desde problemas em relacionamento até o sofrimento no trabalho, por que se para muitos aquilo pode parecer uma "tarefa fácil", no real para Lincoln é uma agonia.

Anexos é uma mistura de romance, emails, nostalgia pelo final dos anos 90, angústia e fofura. Tem de tudo um pouco. Você não sabe quando parar de ler e torce a cada momento para que o casal principal se envolva de alguma forma. Discute desde romances que não deram certos, ter filhos ou não, a influência da virada do milênio. No geral os conflitos durante a fase adulta que muitas pessoas ignoram ou tratam com pouco caso quando não acontece consigo mesmas.

A escrita da Rainbow, como em Eleanor & Park, não é tão pesada, mesmo quando comenta de assuntos sérios, e consegue te fazer sentir várias emoções enquanto não larga o livro e nem percebe quanto tempo passou lendo. As cenas finais valem tanto a pena que você pode terminar de ler querendo voltar a reler para se apaixonar pelo livro mais uma vez. Recomendadíssimo.

Nota: 5/5

(Um dia aprendo a tirar fotos boas. bjs)


Até a próxima!

P.S.: Adoro as capas usadas nos livros da Rainbow, queria todas as edições.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Em breve nova websérie brasileira: "Dona Moça"!

(Logo oficial. Créditos: Adorbs Produções)
Depois de várias webséries internacionais se tornando conhecidas por suas adaptações modernas de livros clássicos, chegou a nossa vez de ter mais destaque. A Adorbs Produções criada por um grupo incrível vem planejando e recentemente divulgando a adaptação de "Senhora" do autor José de Alencar, chamada "Dona Moça". A transmídia já começou no twitter e no facebook:

Personagens:



Facebook oficial: Adorbs Produções

Twitter oficial:


Chamada para os atores (apenas SP):

Mulheres (28-35 anos): aqui
Homens (25-30 anos): aqui

Na página do Facebook tem algumas dúvidas respondidas sobre idade, local e etc: aqui

E se você (assim como eu) não leu ou não lembra da história original, aqui vai parte da sinopse da história:
"Senhora - Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso - a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.
Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente. Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época.
Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento." Fonte

O facebook da Adorbs ainda divulgou links em que dá para baixar e/ou achar o livro físico: aqui.



Lembrando que a websérie está prevista para ainda esse ano e vamos incentivar mais as produções nacionais. Se você gostou do formato de The Lizzie Bennet Diaries, não deixe de conferir, curtir e seguir o pessoal para saber das novidades. <3

Até mais,

Poliana

segunda-feira, 23 de março de 2015

Resenha: Garota Exemplar

(Três semanas depois de eu terminar esse livro...)


Nome da autora: Gillian Flynn
Nome original da obra: Gone Girl
Volumes: Único
Número de páginas: 448
Nota que eu dou: 4 (de 5) estrelas.
Recomendo para: Pessoas que gostam de narradores não-confiáveis, de livros com histórias perturbadoras e de personagens com psico/sociopatia. 

Sinopse: Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino?

Nick e Amy são duas pessoas odiosas, mas por motivos diferentes. Ele é um babaca mentiroso. Do início ao fim, tudo que ele consegue dizer para os leitores é "sou um mané". Amy, on the other hand, é inteligente e perigosa ao extremo. Uma daquelas personagens que você quer ter antipatia para sempre, mas não consegue porque ela é genial (e geniosa) demais.

Já os pais dela, que são tão babacas quanto o Nick, não veem o monstro por trás de "amy exemplar". Ao invés de criarem a Amy, eles criaram a "amy". Na imaginação deles, possuíam a filha perfeita porque eles escreveram a filha perfeita. Tenho que dizer que são os psicólogos mais sem noção da realidade que já vi na vida. Dito isso, tenho que dizer que há um contraste perfeito onde os pais de Amy são supostas "alma gêmeas" e os pais de Nick são duas pessoas que simbolizam o abuso e o desrespeito dentro do matrimônio.

Mas saindo dos personagens e indo para o enredo, vi muitas pessoas falando que o livro e o filme foram surpreendentes, e eu preciso dar a mão à palmatória de que o jeito de contar a história foi inovador. O fato dela o ter dividido em três partes tornou o livro cansativo em alguns pontos, mas acredito que tenha sido proposital, como se para acompanhar as partes de uma investigação real. O jeito de descrever os personagens foi bem consistente e posso dizer que Gillian fez um bom trabalho descrevendo as situações também.

No todo, achei o livro melhor do que eu esperava (tirando pelo final, que na minha cabeça devia ter ocorrido de outro jeito) e achei o filme uma grande bostinha. Assisti uns 15 minutos e parei porque achei o diálogo uma droga. A sensação que eu tive foi que ela tentou simplificar demais os personagens e passou a ignorar o livro, criando uma "Amy" e um "Nick" específicos para o cinema. Talvez ela realmente tenha achado melhor desse jeito, mas eu não curti muito. O que importa é que fez sucesso e que pessoas vão assistir o filme e se interessar pela história e isso vai levá-los - assim espero, pelo menos - a querer ler o livro.

Até a próxima, my people.

Jess.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Livro: "Cidades de papel", de John Green

Primeiramente, parabéns pra quem fez as atuais capas dos livros do John Green no Brasil. Faz você meio que ignorar o ditado "Não julgue o livro pela capa", porque desde a primeira vez que vi essa capa fiquei com uma super vontade de ler e não sosseguei até conseguir comprar.

       Finalmente fiz minha primeira leitura das férias: Cidades de papel, do John Green. Acredito que o motivo pra eu ter demorado tanto pra começar a ler nessas férias foi o cansaço mental de ler vários textos por semana, então quando meu descanso finalmente chegou resolvi me dedicar a assistir séries porque fazia tempo que não tinha tempo pra essas coisas, então resolvi aproveitar. Já que não viajei nesse carnaval, encarei minha estante e Cidades de papel me chamou. Comprei 3 livros do John Green (Cidades de papel, Teorema Katherine e Quem é você, Alasca?) de uma vez só depois que li A culpa é das estrelas (que amei, inclusive). Já li Teorema Katherine, mas não me deu vontade de fazer resenha. Cidades de papel, porém, me deu vontade de escrever sobre assim que terminei.
    A história se passa em Orlando, na Flórida. Quentin Jacobsen tem uma vizinha de infância chamada Margo Roth Spiegelman, por quem tem uma paixão platônica desde que se entende por gente. Numa bela noite, ela bate em sua janela e o chama para uma aventura da qual ele jamais vai se esquecer. Depois disso, Margo desaparece; simplesmente vai embora. No entanto, acaba deixando algumas pistas que só Quentin e seus amigos conseguem observar, e então eles partem em uma aventura para tentar encontrá-la, sem saber exatamente se ela quer ser achada – segundo uma das teorias de Quentin, ela poderia até ter cometido suicídio.
       Durante toda a trama, temos uma batalha interna em Quentin, tentando compreender a Margo e a si mesmo, por meio de metáforas criadas a partir das lembranças e pistas que Margo aparentemente deixa para ele. E são belas metáforas sobre como escolhemos viver, mas acho mais interessante que você leia o livro para entender melhor. Não tem graça se eu explicar tudo aqui.

Passeei pelo We Heart It e achei imagens bonitinhas com algumas das frases que gostei do livro:

 "Você vai para as cidades de papel e nunca mais vai voltar"

 "Ela amava tanto mistérios que acabou se tornando um"

"Lembre-se que, algumas vezes, o jeito que você pensa sobre a pessoa não é o que ela realmente é"

"O prazer não está em fazer a coisa, o prazer está em planejar"

"E talvez, imaginando esses futuros, podemos fazer com que se tornem realidade, e talvez não, mas de qualquer forma devemos imaginá-los"


ALERTA DE SPOILER ALERTA DE SPOILER ALERTA DE SPOILER

     A parte que mais me chamou atenção foi que só no final consegui compreender o que Margo quer dizer quando chama a cidade de Orlando de cidade de papel, chama as pessoas de pessoas de papel, a faculdade com a qual todo mundo sonha de faculdade de papel. Além do sentido literal de cidade de papel que é apresentado no livro, temos o sentido filosófico da coisa, o que Margo usa, que tem a ver com a superficialidade com que lidamos no dia a dia. Por exemplo, uma menina que todo mundo vê como bem-comportada, educada, pronta pra entrar na faculdade, arrumar um marido e ter filhos e ter condições de pagar a escola e a faculdade dos filhos pra que eles possam ser pessoas bem-comportadas, educadas e prontas pra entrar na faculdade, casar, ter filhos e assim por diante. Tudo isso, na visão dela, seria uma vida de papel, superficial. O que será que a menina bem-comportada e educada realmente era? O que ela realmente queria? Pensamos numa cidade que vamos de vez em quando como perfeita pra morar, mas a verdade é que não a vemos como ela realmente é, pois quem mora lá a vê com todos os defeitos também. Muitas vezes queremos entrar numa faculdade que parece ser tudo que você queria na vida, e você chega lá e vê que não é bem assim: a faculdade é boa, mas não aquilo tudo que as pessoas falam. É você que dá "nome" à faculdade. Nos apaixonamos por ideias, e desprezamos o real. É pensando nisso que Margo foge, pra ser ela mesma, sem rótulos que tinham nada a ver com ela.
     Não sei por quê mas, quando li as últimas páginas, fiquei um pouco decepcionada. Não sei se foi porque eu mesma construí uma imagem da Margo por causa das lembranças e descrições de Quentin, mas senti que faltou um pouco mais de atitude e de emoção por parte da Margo quando os amigos acham ela. E a última parte foi até legal, ficou tipo a questão se Capitu traiu Bentinho ou não: Margo foi pra Nova York ou voltou com Quentin e os amigos? Ou será que Quentin decidiu largar tudo pra ir pra Nova York com Margo? Não se sabe ao certo.


Espero que tenham gostado!

Mari


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