quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Livro: "Cidades de papel", de John Green

Primeiramente, parabéns pra quem fez as atuais capas dos livros do John Green no Brasil. Faz você meio que ignorar o ditado "Não julgue o livro pela capa", porque desde a primeira vez que vi essa capa fiquei com uma super vontade de ler e não sosseguei até conseguir comprar.

       Finalmente fiz minha primeira leitura das férias: Cidades de papel, do John Green. Acredito que o motivo pra eu ter demorado tanto pra começar a ler nessas férias foi o cansaço mental de ler vários textos por semana, então quando meu descanso finalmente chegou resolvi me dedicar a assistir séries porque fazia tempo que não tinha tempo pra essas coisas, então resolvi aproveitar. Já que não viajei nesse carnaval, encarei minha estante e Cidades de papel me chamou. Comprei 3 livros do John Green (Cidades de papel, Teorema Katherine e Quem é você, Alasca?) de uma vez só depois que li A culpa é das estrelas (que amei, inclusive). Já li Teorema Katherine, mas não me deu vontade de fazer resenha. Cidades de papel, porém, me deu vontade de escrever sobre assim que terminei.
    A história se passa em Orlando, na Flórida. Quentin Jacobsen tem uma vizinha de infância chamada Margo Roth Spiegelman, por quem tem uma paixão platônica desde que se entende por gente. Numa bela noite, ela bate em sua janela e o chama para uma aventura da qual ele jamais vai se esquecer. Depois disso, Margo desaparece; simplesmente vai embora. No entanto, acaba deixando algumas pistas que só Quentin e seus amigos conseguem observar, e então eles partem em uma aventura para tentar encontrá-la, sem saber exatamente se ela quer ser achada – segundo uma das teorias de Quentin, ela poderia até ter cometido suicídio.
       Durante toda a trama, temos uma batalha interna em Quentin, tentando compreender a Margo e a si mesmo, por meio de metáforas criadas a partir das lembranças e pistas que Margo aparentemente deixa para ele. E são belas metáforas sobre como escolhemos viver, mas acho mais interessante que você leia o livro para entender melhor. Não tem graça se eu explicar tudo aqui.

Passeei pelo We Heart It e achei imagens bonitinhas com algumas das frases que gostei do livro:

 "Você vai para as cidades de papel e nunca mais vai voltar"

 "Ela amava tanto mistérios que acabou se tornando um"

"Lembre-se que, algumas vezes, o jeito que você pensa sobre a pessoa não é o que ela realmente é"

"O prazer não está em fazer a coisa, o prazer está em planejar"

"E talvez, imaginando esses futuros, podemos fazer com que se tornem realidade, e talvez não, mas de qualquer forma devemos imaginá-los"


ALERTA DE SPOILER ALERTA DE SPOILER ALERTA DE SPOILER

     A parte que mais me chamou atenção foi que só no final consegui compreender o que Margo quer dizer quando chama a cidade de Orlando de cidade de papel, chama as pessoas de pessoas de papel, a faculdade com a qual todo mundo sonha de faculdade de papel. Além do sentido literal de cidade de papel que é apresentado no livro, temos o sentido filosófico da coisa, o que Margo usa, que tem a ver com a superficialidade com que lidamos no dia a dia. Por exemplo, uma menina que todo mundo vê como bem-comportada, educada, pronta pra entrar na faculdade, arrumar um marido e ter filhos e ter condições de pagar a escola e a faculdade dos filhos pra que eles possam ser pessoas bem-comportadas, educadas e prontas pra entrar na faculdade, casar, ter filhos e assim por diante. Tudo isso, na visão dela, seria uma vida de papel, superficial. O que será que a menina bem-comportada e educada realmente era? O que ela realmente queria? Pensamos numa cidade que vamos de vez em quando como perfeita pra morar, mas a verdade é que não a vemos como ela realmente é, pois quem mora lá a vê com todos os defeitos também. Muitas vezes queremos entrar numa faculdade que parece ser tudo que você queria na vida, e você chega lá e vê que não é bem assim: a faculdade é boa, mas não aquilo tudo que as pessoas falam. É você que dá "nome" à faculdade. Nos apaixonamos por ideias, e desprezamos o real. É pensando nisso que Margo foge, pra ser ela mesma, sem rótulos que tinham nada a ver com ela.
     Não sei por quê mas, quando li as últimas páginas, fiquei um pouco decepcionada. Não sei se foi porque eu mesma construí uma imagem da Margo por causa das lembranças e descrições de Quentin, mas senti que faltou um pouco mais de atitude e de emoção por parte da Margo quando os amigos acham ela. E a última parte foi até legal, ficou tipo a questão se Capitu traiu Bentinho ou não: Margo foi pra Nova York ou voltou com Quentin e os amigos? Ou será que Quentin decidiu largar tudo pra ir pra Nova York com Margo? Não se sabe ao certo.


Espero que tenham gostado!

Mari


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