terça-feira, 2 de setembro de 2014

Meu primeiro contato com a leitura e escrita.


Gosto de livros desde que me entendo por gente. Lembro-me da minha mãe contando algumas histórias do Sherlock Holmes e meu pai falando sobre as mitologias gregas, romanas, nórdicas e egípcias. Também me lembro de subir na estante da sala e pegar vários livros, abri-los e observar as letras e desenhos por horas. Não sei dizer se conseguia, de fato, entender alguma coisa que estava escrito, mas tinha um grande desejo de aprender tudo.
Um dos dias mais felizes da minha infância foi o dia que minha professora anunciou que no dia seguinte aprenderíamos a ler. Ler! Algo que eu já estava querendo há tempos! Mas por uma consulta ao oftalmologista acabou que não pude ir à esperada aula. Nunca havia ficado tão chateada por ter que faltar a escola. Disse minha a minha mãe que nunca aprenderia a ler e seria ignorante para sempre. Meus sonhos de fazer dos livros um refúgio haviam se acabado. Ou assim a dramática eu, de seis anos de idade, pensava.
Claro que não foi bem assim. Durante as semanas seguintes a professora treinou conosco para que pudéssemos juntar consoantes e vogais, considerássemos os acentos e as suas sílabas tônicas, mas a verdade é que aprendi a ler, ler de verdade, em casa. Minha mãe me falava de todos os livros que havia lido em sua vida e como eles tinham um estranho poder. Também ouvia ao meu pai e seus livros de história e geografia. Ele fazia questão de contar sobre as batalhas e guerras, e mostrar nos mapas onde ficava cada país e continente. E então, depois de um tempo, comecei a escolher sobre o que queria ler. Primeiro foi mitologia, depois os clássicos infantis e nem mesmo os livros sobre o corpo humano escaparam.
Quanto a escrever eu devo dizer que nunca consegui ficar sem um papel e caneta na mão. Até mesmo quando eu ficava de castigo só ficava quieta depois que me dessem um caderno. Depois de aprender a ler o processo de escrita se dá, em sua maior parte, por cadernos de caligrafia e eu fiz um monte desses. E treinava em qualquer lugar. Escrevia frases aleatórias, lê-se de: músicas da Sandy e Júnior ou Rouge, até mesmo nos móveis, para o desespero de minha mãe.
O que isso tudo quer dizer, para mim, é que apesar da escola ter sido sim uma porta de entrada para ambos, eu já nasci querendo ler e escrever. E pela influência dos meus pais eu desenvolvi os dois muito bem. Talvez se eu não tivesse visto o empenho da minha mãe em procurar o pequeno príncipe no Rio de Janeiro todo simplesmente para que eu pudesse lê-lo, eu jamais tivesse desenvolvido tanto a leitura. Talvez se ela não tivesse tido paciência e me impedisse de escrever nos armários eu não fosse boa em me expressar através da escrita. O meu primeiro contato com a escrita e com a leitura foi bom, mas é melhor ainda saber que ao invés de não aproveitar essa aprendizagem, eu usei e abusei dos recursos que tinha.


OBS: Como muitos não sabem, esse foi o meu dever de leitura e produção de texto na faculdade e achei pertinente postá-lo aqui justamente por tratar do assunto chave do blog. Sintam-se a vontade para compartilhar a história de vocês também.  

4 comentários:

  1. Realmente não entendo porque foi tão difícil encontrar o Pequeno Príncipe, só sei que foi muito difícil achá-lo. Fico feliz de ser parte da sua história. Te amo infinitamente.

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    1. Eu que agradeço por sempre fazer o melhor que pode por mim e pra mim. Também te amo infinitamente. <3

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  2. Adorei saber mais um pouquinho de você, Jess! Muito legal a sua história! <3

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    1. Aawn, sua linda! Doida pra ver sua história também. <3

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