Preciso começar essa resenha informando a vocês que iniciei a leitura desse livro em 2015, quando o ganhei de aniversário,
mas parei no meio da leitura por motivos de vida acadêmica sugando toda a minha
energia (tanto quanto ou pior do que um dementador). Finalmente, 3 anos depois
(!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), agora que estou terminando a faculdade e tendo mais
tempo livre, consegui pegar o livro para terminá-lo e estou me sentindo muito
vitoriosa. Portanto, a resenha que vocês lerão hoje serão minhas impressões gerais
da metade do livro pra frente, pois não lembro muito bem do início (spoiler a
seguir) e, como não estava curtindo tanto assim a leitura, nem fiz questão de
reler o início. (fim do spoiler)
Fãs de John Green, não fiquem
bravos. Gosto dele. Amo Cidades de Papel
e A culpa é das estrelas. O Teorema
Katherine também me agradou. Mas não consigo defender Quem é você, Alasca?.
PS. PODE CONTER SPOILER!
Primeiro romance do autor, deu
pra perceber a imaturidade no desenvolvimento da história, na escrita e
principalmente no final, que não empolga em nada e te deixa com um tremendo
vazio, tipo... é isso mesmo?
Pra início de conversa, não
entrava na minha cabeça a ideia de adolescentes (pelo que entendi, por volta de
16 anos) fumando e bebendo como viciados (literalmente), a todo momento. Sei
que adolescentes bebem e fumam, mas claramente houve um exagero ao relatar a dependência
deles àquilo, como se fosse a única coisa divertida a se fazer num internato
com seus amigos.
Além disso, o endeusamento da
Alasca é contraditório o tempo todo. Ela é uma menina obviamente bonita, com
sérios problemas psicológicos causados por um acontecimento muito sério em sua infância,
e por isso ela é impulsiva, inconsequente e trata seus amigos com estupidez quando
bem entende. Basicamente, o que parece fazê-la se tornar atraente para Miles, o
narrador, é ela ser fisicamente bonita e disposta a transgredir regras, o que o
tira de sua zona de conforto. E é só isso. Quando ela está triste ou irritada,
ele até assume em determinado momento que não tem mais interesse em estar com
ela. O que prova que o que ele sente não é amor. Alasca, por sua vez, brinca
com os sentimentos de Miles, deixando-o confuso. Eu, como leitora, me sentia
impaciente de maneira muito negativa em cenas do tipo.
Por fim, chegando ao plot twist da história, temos uma
sucessão de pensamentos detalhados que, na minha opinião, são um gatilho pra
depressão e ansiedade, e eu, que sofro de ansiedade, me senti muito mal em
determinados momentos, e considero que essas passagens, em particular, não
fariam a mínima diferença se fossem retiradas da história, pois só servem para
intensificar pensamentos ruins de pessoas que passam por esse tipo de problema.
Achei um pouco irresponsável da parte do autor e da editora por ter autorizado
a publicação do livro sem ao menos um aviso do que aconteceria. Mas essa é uma
opinião muito pessoal e sei que muitas pessoas não concordarão.
Acredito que, no fim do livro, o
autor tenta se redimir quanto às passagens que servem de gatilho, como se estivesse
dizendo “gente, desculpa aí pelo vacilo, mas foi tudo pra vocês chegarem aqui e
se consolarem no final”. O que, pra mim, não foi uma missão bem-sucedida. O que
vocês acham?
PS. Recentemente, saiu uma notícia incrível pra quem gosta do livro: ELE VAI VIRAR MINISSÉRIE!!! Isso mesmo! Não sei o que esperar, mas pretendo assistir, pois se tem uma coisa que eu amo, essa coisa é assistir a adaptações dos livros que já li.
Até a próxima postagem,
Mari