segunda-feira, 14 de maio de 2018

Livro: "Quem é você, Alasca?", de John Green


Preciso começar essa resenha informando a vocês que iniciei a leitura desse livro em 2015, quando o ganhei de aniversário, mas parei no meio da leitura por motivos de vida acadêmica sugando toda a minha energia (tanto quanto ou pior do que um dementador). Finalmente, 3 anos depois (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!), agora que estou terminando a faculdade e tendo mais tempo livre, consegui pegar o livro para terminá-lo e estou me sentindo muito vitoriosa. Portanto, a resenha que vocês lerão hoje serão minhas impressões gerais da metade do livro pra frente, pois não lembro muito bem do início (spoiler a seguir) e, como não estava curtindo tanto assim a leitura, nem fiz questão de reler o início. (fim do spoiler)


Fãs de John Green, não fiquem bravos. Gosto dele. Amo Cidades de Papel e A culpa é das estrelas. O Teorema Katherine também me agradou. Mas não consigo defender Quem é você, Alasca?.

PS. PODE CONTER SPOILER!

Primeiro romance do autor, deu pra perceber a imaturidade no desenvolvimento da história, na escrita e principalmente no final, que não empolga em nada e te deixa com um tremendo vazio, tipo... é isso mesmo?

Pra início de conversa, não entrava na minha cabeça a ideia de adolescentes (pelo que entendi, por volta de 16 anos) fumando e bebendo como viciados (literalmente), a todo momento. Sei que adolescentes bebem e fumam, mas claramente houve um exagero ao relatar a dependência deles àquilo, como se fosse a única coisa divertida a se fazer num internato com seus amigos.

Além disso, o endeusamento da Alasca é contraditório o tempo todo. Ela é uma menina obviamente bonita, com sérios problemas psicológicos causados por um acontecimento muito sério em sua infância, e por isso ela é impulsiva, inconsequente e trata seus amigos com estupidez quando bem entende. Basicamente, o que parece fazê-la se tornar atraente para Miles, o narrador, é ela ser fisicamente bonita e disposta a transgredir regras, o que o tira de sua zona de conforto. E é só isso. Quando ela está triste ou irritada, ele até assume em determinado momento que não tem mais interesse em estar com ela. O que prova que o que ele sente não é amor. Alasca, por sua vez, brinca com os sentimentos de Miles, deixando-o confuso. Eu, como leitora, me sentia impaciente de maneira muito negativa em cenas do tipo.

Por fim, chegando ao plot twist da história, temos uma sucessão de pensamentos detalhados que, na minha opinião, são um gatilho pra depressão e ansiedade, e eu, que sofro de ansiedade, me senti muito mal em determinados momentos, e considero que essas passagens, em particular, não fariam a mínima diferença se fossem retiradas da história, pois só servem para intensificar pensamentos ruins de pessoas que passam por esse tipo de problema. Achei um pouco irresponsável da parte do autor e da editora por ter autorizado a publicação do livro sem ao menos um aviso do que aconteceria. Mas essa é uma opinião muito pessoal e sei que muitas pessoas não concordarão.

Acredito que, no fim do livro, o autor tenta se redimir quanto às passagens que servem de gatilho, como se estivesse dizendo “gente, desculpa aí pelo vacilo, mas foi tudo pra vocês chegarem aqui e se consolarem no final”. O que, pra mim, não foi uma missão bem-sucedida. O que vocês acham?

PS. Recentemente, saiu uma notícia incrível pra quem gosta do livro: ELE VAI VIRAR MINISSÉRIE!!! Isso mesmo! Não sei o que esperar, mas pretendo assistir, pois se tem uma coisa que eu amo, essa coisa é assistir a adaptações dos livros que já li.
Fonte: https://www.intrinseca.com.br/blog/2018/05/quem-e-voce-alasca-vai-virar-serie/


Até a próxima postagem,
Mari

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